C. Auris Superfungo Hospitalar

Nos ultimos dias tem-se falado muito a respeito da levedura Candida auris. Pouco se sabe ainda sobre a espécie descoberta, identificado pela primeira vez em 2009 no canal auditivo de uma paciente no Japão. Após esse caso foram relatados outros em países como Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Paquistão, Quênia, Kuwait, Reino Unido, Espanha e o mais recente aqui no Brasil, presente em cateter de paciente internado em UTI no estado da Bahia.

C. auris sobrevive em ambientes hospitalares, portanto é de extrema importância a limpeza para que haja controle. A levedura tem-se apresentado muito resistente, podendo sobreviver em superfícies por tempo indeterminado, não sendo possível sua eliminação com detergentes e desinfetantes comuns, sendo importante o uso de produtos químicos de uso hospitalar.

Em 2017 a Anvisa declarou que ainda não é sabido o modo de transmissão da levedura dentro de hospitais, podendo ser pelo contato de superfícies contaminadas e de pessoa para pessoa.

Quanto ao tratamento com antifúngicos, o uso dos mais comuns como azóis, equinocandinas e anfotericina B. O que levou ao uso de fungicidas menos comuns, mas que também não demonstraram eficácia, pois a levedura se mostra resistente aos medicamentos.

Analise de DNA indicam que genes de resistência de C. auris tem passado para outras espécies do gênero Candida, como C. albicans, um dos principais causadores de candidíase, que sempre foi uma infecção fácil de ser tratada quando identificada.

Aqui no Brasil, o diagnóstico de C. auris foi feito pela técnica de MALDI-TOF, que consiste em colocar o material biológico, no caso uma colônia da levedura, é colocado em uma placa em que há matriz polimérica. Um laser vaporiza a amostra, que é aspirada em um tubo e levadas a um detector. É revelado o resultado em forma de gráfico, com picos para cada espécie, que é comparado com outras amostras já conhecidas para poder ser identificado.

REFERÊNCIA: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2020/identificacao-de-possivel-caso-de-candida-auris-no-brasil