COVID-19: BOAS NOTÍCIAS - VACINA DE OXFORD
Estudo Da Vacina De Oxford Publicado
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Cientistas da Universidade de Oxford disseram que seus experimentos com a vacina para o COVID-19 mostraram forte resposta imune dentre as pessoas mais velhas. Os resultados recentes trazem a esperança de que a vacina pode proteger as pessoas em grupo de risco de adoecerem gravemente em função do novo coronavírus.
O Dr. Andrew Pollard lidera o estudo da Universidade de Oxford. Ele disse à British Broadcasting Corporation (BBC) na quinta-feira que estava "encantado" com o fato de os primeiros resultados mostrarem uma forte resposta imunológica "mesmo em pessoas com mais de 70 anos de idade".
O Dr. Maheshi Ramasamy, do Oxford Vaccine Group, acrescentou que o próximo passo será verificar se a resposta imunológica significa proteção contra a própria doença.
Os resultados vieram de um estudo de Fase 2 de 560 voluntários, incluindo 240 pessoas com 70 anos ou mais. Um grupo de voluntários recebeu dois tratamentos com a vacina, denominados ChAdOx1. O outro grupo recebeu um placebo (uma injeção com uma substância inativa).
As conclusões do estudo foram publicadas quinta-feira (19/11/2020) no artigo médico The Lancet para revisão científica.
A vacina Oxford usa um adenovírus inofensivo e enfraquecido para transportar o material genético do novo coronavírus para o corpo. As células humanas irão então criar proteínas para desenvolver anticorpos contra o coronavírus. As chamadas vacinas de vetor de adenovírus não são conhecidas por causar nenhum problema sério de saúde.
Trabalhando com a farmacêutica AstraZeneca, Oxford está atualmente realizando seu estudo de Fase 3. O estudo inclui 60.000 voluntários da Grã-Bretanha, Estados Unidos, Rússia e Brasil, entre outros países.
O estudo de Oxford foi brevemente suspenso em setembro por causa de uma doença inexplicada em um voluntário. Pollard disse que espera divulgar todos os dados do estudo da Fase 3 até o final de dezembro.
No início desta semana, dois fabricantes americanos de medicamentos anunciaram que suas vacinas candidatas para COVID-19 eram 95% eficazes contra a doença. As empresas Moderna e Pfizer disseram que buscarão autorização de uso emergencial para suas vacinas junto à Food and Drug Administration (FDA) dos EUA. A Pfizer desenvolveu sua vacina com a parceira alemã BioNTech.
Moderna e Pfizer ainda não publicaram resultados de seus estudos em artigos médicos para revisão.
Pollard disse que "não há competição" com outras vacinas. Ele disse: "Precisaremos de todas elas para proteger as pessoas ao redor do mundo".