ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS

10/03/2020

Alterações Estruturais

Desnaturação e Renaturação de Proteínas

As proteínas recém sintetizadas são processadas na célula tendo sua estrutura primária dobrada de forma espontânea, originando as estruturas secundárias e terciárias. No final desse processo, dizemos que temos uma proteína na sua conformação nativa, essa é a conformação mais estável que a molécula pode assumir naquelas condições e reflete um equilíbrio entre as interações ocorridas no interior da molécula proteica e entre o seu meio ambiente.


DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS

Quando submetemos uma proteína em processos de purificação da mesma, a partir de células onde ela é encontrada, são expostas a interações físicas e químicas no seu ambiente, que podem afetar sua estrutura espacial a ponto de ocasionar a perda da sua função biológica. Nesse caso, a proteína é dita como desnaturada, pois sua conformação nativa é destruída devido à quebra de ligações não-covalentes, através do aquecimento da proteína por exemplo.

Vários tratamentos podem provocar a desnaturação das proteínas, como mudanças no valor do pH muito baixo ou muito alto; adição de solventes orgânicos; detergentes e sabões.


RENATURAÇÃO DE PROTEÍNAS

Quando as proteínas desnaturadas são retiradas das condições de desnaturação, muitas proteínas podem reassumir sua conformação nativa, original - este processo chama-se renaturação. A renaturação demonstra que a estrutura secundária e terciária das proteínas é derivada de uma estrutura primária, logo, podem voltar a sua conformação de origem fora das condições desnaturantes. Mas esse processo in vitro é muito mais lento e demorado comparado ao processamento da proteína dentro da célula, isso devido a maquinaria celular que possui agentes auxiliadores na montagem dessa proteína.

Um grande exemplo disso são as Chaperoninas que ligam-se a proteínas nascentes, impedindo ou revertendo interações inadequadas entre regiões complementares, ela consegue fazer isso através da catalisasão de hidrólise de ATP - provendo energia para direcionar o dobramento correto das cadeias polipeptidicas.


REFERÊNCIA:

- Anita Marzzoco: Bioquímica Básica 4°edição;

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