DIAGNÓSTICO NO CÂNCER DE PRÓSTATA

01/11/2020

Dosagem de PSA & Histopatologia de Gleason

O câncer da próstata é a quarta causa de morte por neoplasias no Brasil, e a taxa de mortalidade vem aumentando acentuadamente. Assim como em outros cânceres, a idade é um marcador de risco importante, ganhando um significado especial no câncer da próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam exponencialmente após os 50 anos de idade.

História familiar de pai ou irmão com câncer da próstata antes dos 60 anos de idade é outro marcador de importância, podendo aumentar o risco de 3 a 10 vezes em relação à população em geral e podendo refletir tanto características herdadas quanto estilos de vida compartilhados entre os membros da família.


MEIOS DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAIS - DOSAGEM DE PSA

O toque retal é o teste mais utilizado, apenas realizado por médicos, mas infelizmente possui suas limitações, uma vez que somente as porções posterior e lateral da próstata podem ser palpadas, deixando de 40% a 50% dos tumores fora do seu alcance. Por isso, é preciso obter informações complementares laboratoriais, e aqui entra o papel do biomédico, que vai avaliar e mensurar uma etapa muito importante do processo, que é a dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA), só com essas duas informações juntas, irão predizer a conduta médica em solicitar exames que indiquem o grau de seriedade do câncer de próstata.

O PSA no sangue é medido em unidades de nanogramas por mililitro. A chance de um homem ter câncer de próstata aumenta à medida que o nível de seu PSA aumenta. Alguns médicos usam como ponto de corte para o PSA de 4 ng/ml ou superior para dizer se um homem precisa de mais exames, enquanto que outros recomendam um nível mais baixo, a partir de 3 ng/ml.

Se o nível do PSA for alto, o homem precisará fazer outros exames para verificar a possibilidade de estar com câncer de próstata.


HISTOPATOLOGIA - TESTE DE GLEASON 

A confirmação do diagnóstico vem não só com os exames de toque retal e dosagem de PSA, mas também com a biópsia do tecido da próstata, onde a histopatologia relaciona. Na graduação histológica, as células do câncer são comparadas às células prostáticas normais. Quanto mais diferentes das células normais forem as células do câncer, mais agressivo será o tumor e mais rápida será sua disseminação. A escala de graduação do câncer da próstata varia de 1 a 5, com o grau 1 sendo a forma menos agressiva.

Para se obter o escore total da classificação de Gleason, que varia de 2 a 10, o patologista mensura de 1 a 5 as duas áreas mais frequentes do tumor e soma os resultados. Quanto mais baixo o escore de Gleason, melhor será o prognóstico do paciente.

• Gleason de 2 a 4 - existe cerca de 25% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida.

• Gleason de 5 a 7 - existe cerca de 50% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida.

• Gleason de 8 a 10 - existe cerca de 75% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida.


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