GENES RECEPTORES DE LINFÓCITO T

25/05/2020

Loci de Ig de Linfócitos T

Organização do Loci de Ig de Linfócitos T

Para compreender a alta variabilidade de reconhecimento de diferentes antígenos pelos linfócitos T e B, é necessário entender como estão organizados os genes que codificam as proteínas que compõe os receptores TCR (dos linfócitos T) e das estruturas das imunoglobulinas (dos linfócitos B). Já sabemos que a alta variabilidade desse reconhecimento de antígenos é graças ao processo de recombinação somática do DNA para geração de repertório linfocitário, e isso tudo ocorre durante a maturação dos linfócitos, na etapa de desenvolvimento do linfócito imaturo. 


LOCI IG DE LINFÓCITOS T

Quando observamos o loci do TCR encontramos 4 locus específicos que codificam as proteínas para formação do TCR que almejam o reconhecimento diferentes antígenos.

Cadeia ß -> encontra-se no cromossomo 7

Cadeia α e δ  -> encontra-se no cromossomo 14

Cadeia γ -> encontra-se no cromossomo 7

Cada um desses lócus codificam proteínas diferentes que vão compor a estrutura do TCR. Existem 4 segmentos identificados nestes locus chamados de segmentos gênicos V, C, D e J. São regiões do gene que nada mais é do que sequências de nucleotídeos do DNA que vão codificar as proteínas que fazem as porções variáveis (V), constantes (C) e hipervariáveis (D e J). O segmento gênico variável está presente na região 5', o segmento gênico C localiza-se próximo a região terminal 3' e os segmentos D e J estão em regiões intermediárias do gene.


LOCUS DA CADEIA ß EM LINFÓCITOS T

Veja que na cadeia ß temos um número bem menor de bases em comparação com a quantidade de bases dos linfócitos B, mas, a quantidade de regiões variáveis e diversidade de reconhecimento de antígenos é muito maior para os linfócitos T.

Destrinchando o significado do gene, a região L é chamada de líder, responsável por direcionar o componente proteico traduzido ao um determinado destino. Todas essas regiões variáveis (V) são homólogas, porém, existem sequências diferentes entre elas, logo, embora sejam homólogas não são todas idênticas. A mesma coisa serva para as regiões de diversidades (D). Observemos uma região de junção (Jh) e posteriormente um enhancer que serve para potencializar ou induzir a expressão desse gene ao interagir com as regiões promotoras que estão próximas da região 5'.

Seguindo no gene, encontramos diversos segmentos constantes (C) e cada uma delas codifica uma TCR para diferentes antígenos.

A grande diversidade de repertório é observada nas regiões da diversidade, juncional e variáveis, pois, uma parte da região juncional pode se juntar com uma parte da região de diversidade, e também, juntar uma parte da região juncional com uma da região variável. Se calcularmos veremos que as possibilidades de repertório para diferentes antígenos são absurdamente gigantesca.


LOCUS DA CADEIA α e δ EM LINFÓCITOS T 

As cadeias α e δ estão ocupam o mesmo lócus e apresentam como característica 2 α silenciadores. Existe um espaçamento muito grande nesse gene onde é codificado a cadeia δ. E esses silenciadores é para impedir que os produtos da cadeia α sejam expressos durante a expressão dos produtos da cadeia δ.


LOCUS DA CADEIA γ EM LINFÓCITOS T 

Embora a cadeia γ seja teoricamente simples, encontramos 1 γ silenciadores para impedir a expressão de genes que estão a montantes na cadeia gama. 


REFERÊNCIA:

- Abbas, Abul K: Imunologia Celular e Molecular 6°edição;

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