GLICOGÊNESE
Glicogênese
Síntese de Glicogênio no Fígado e Músculos
A glicogênese é o processo de formação do glicogênio, chamada também de síntese de glicogênio, este glicogênio é uma molécula extensa, composta por dezenas de glicoses. Essa síntese ocorre no fígado e nos músculos. São moléculas extremamente necessárias para o controle de glicose no sangue e reserva de energia.
GLICOGÊNESE
A glicogênese ocorre no fígado e nos músculos, mas possuem impactos diferentes pro nosso organismo. A glicogênese hepática atribui-se na manutenção de toda a glicemia, enquanto que o glicogênio formado nos músculos fornecerá glicose apenas para os tecidos musculares. O glicogênio é produzido em maior quantidade no fígado, ocupando 10% do peso do órgão.
Mas o que é GLICOGÊNESE? É a síntese de glicogênio no fígado ou músculo no qual moléculas de glicose são adicionadas a cadeia de glicogênio. Esse processo é ativado pela insulina em resposta ao alto nível de glicose no sangue.
A SÍNTESE DO GLICOGÊNIO - PROCESSO DE FORMAÇÃO DO GLICOGÊNIO
1°) A molécula de glicose livre sofre ação catalítica da enzima HEXOQUINASE, onde uma molécula de ATP fornece uma molécula de fosfato para a glicose: tornando-se agora uma molécula chamada glicose-6-fosfato (por que o fosfato vai estar ligado ao carbono 6 da molécula de glicose).
2°) A glicose-6-fosfato é catalisada pela enzima FOSFOGLICOMUTASE onde o fosfato da molécula será realocado do carbono 6 para o carbono 1, tornando-a uma molécula chamada de glicose-1-fosfato.
3°) Agora essa molécula precisa continuar investindo energia pra chegar a sua conformação final, mas para isso, já não há mais ATP, ela utilizará uma molécula de UTP. A molécula de UTP é semelhante ao ATP, só que ao invés de uma adenosina teremos uma uracila no lugar, por isso ''UTP''. Uma molécula desse UTP é gasta para que a enzima PIROFOSFORILASE transforme a glicose-1-fosfato em uma molécula de UDPGlicose que logo em sequência é catalisada pela enzima GLICOGÊNIO SINTETASE que torna a molécula de UDPG ativa e agora ela pode se ligar a cadeias de glicogênio que já foram pré-sintetizadas. Mas para concluir essa ligação, essa enzima separa as duas moléculas de UDP que estavam ligadas à molécula de glicose. Após essa separação, ocorre a glicose se junta ao glicogênio.
O GLICOGÊNIO
A molécula de glicogênio é grande e ramificada, e quando uma nova glicose vem para compor o glicogênio ela precisa se ligar em regiões específicas. Para isso, ela se ligará nas regiões alfa-1,4 chamadas não-redutoras que fica localizada na cadeia principal do glicogênio, linearmente. Enquanto que as moléculas de glicose que irão compor as ramificações do glicogênio se ligarão nas regiões alfa-1,6. Veja na imagem e se atentem nas regiões alfa-1,4 e alfa-1,6:
Esse processo é guiado pela enzima RAMIFICADORA que possui duas características: elas podem tanto quebrar o glicogênio quanto juntar moléculas de glicose. É exatamente isso que ela faz no processo da formação do glicogênio, primeiramente ela quebra algumas moléculas do glicogênio linear, e depois junta algumas poucas porções de glicose (geralmente 8 glicoses para formar as ramificações da molécula de glicogênio).
Mas qual a vantagem de um glicogênio ser uma molécula ramificada? A vantagem é que se torna mais solúvel em água e torna o processo de síntese e degradação do glicogênio mais rápido - pois ambos os processos começam por suas extremidades, e essas ramificações deixam as extremidades livres.
REFERÊNCIA:
- Anita Marzzoco: Bioquímica Básica 4°edição;