RESPOSTA IMUNE HUMORAL

15/10/2020

Resposta Imune Humoral

Uma Subdivisão Da Resposta Imune Inata

Doenças infecciosas humanas são causadas por bactérias importantes que se multiplicam nos espaços extracelulares do nosso organismo, e muitos patógenos intracelulares se disseminam através dos fluídos extracelulares, passando de célula em célula. A resposta imune humoral tem como objetivo à destruição dos microrganismos extracelulares e seus produtos, como, por exemplo, as toxinas; além de também prevenir ou diminuir a disseminação das infecções intracelulares, através da neutralização desses agentes.


MECANISMOS EFETORES DA RESPOSTA MEDIADA POR ANTICORPOS

Os anticorpos também auxiliam no reconhecimento de microrganismos por células fagocitárias, possibilitando que assim sejam ingeridos e digeridos, ativando o sistema complemento, potencializando a opsonização e dessa forma, recrutando células inflamatórias para o local da infecção e lisando certos microrganismos pela formação dos poros em suas membranas.

Opsonização: processo que consiste em fixar/aderir imunoglobulinas em epítopos do antígeno, esse procedimento viabiliza processos como, por exemplo, a fagocitose.


RESPOSTA HUMORAL, AGENTES E CONDUÇÕES

É na resposta do tipo humoral, em que há ativação das células B e sua diferenciação em células plasmáticas que irão secretar imunoglobulinas, em resposta a antígenos específicos, e também requer a participação de células CD4, que também controlam a mudança de isotipo e desempenham papel importante na hipermutação somática, o que é extremamente necessário para a maturação da afinidade dos anticorpos, que ocorre no curso da resposta humoral. A imunoglobulina de superfície funciona como receptor de antígenos, ou BCR, e realiza dois papéis na ativação: a transdução de sinal direto para o interior da célula, quando se une ao antígeno e a condução desses antígenos aos sítios intracelulares, para ser degradado e levado à superfície do linfócito B, onde, por sua vez, são reconhecidos por CD4 (antígenos específicos).

Esta resposta dependente da célula T é chamada de timo-dependente (TD). Porém, alguns antígenos, como os lipopolissacarídeos (LPS) bacterianos, podem ativar diretamente linfócitos B, e tal resposta é chamada de timo-independente (TI).

Anticorpos de alta afinidade neutralizam toxinas, vírus e bactérias. Mas, podem não resolver o problema, pois muitos agentes não são neutralizados pelos anticorpos e devem ser removidos por outros meios. Assim, o papel dos anticorpos nestas situações é ativar outras células (células efetoras acessórias), que tenham receptores para porções Fc de imunoglobulinas. Dentre essas, podemos citar macrófagos e neutrófilos, que ingerem bactérias recobertas por IgG, assim como as NK, que lisam diretamente parasitos recobertos por IgG. Tal fenômeno acontece por um mecanismo denominado citotoxicidade celular, dependente de anticorpo (ADCC). Além da ADCC, via IgG, exercida pela NK, o mesmo fenômeno pode ser observado por meio da IgE se deve ao fato de que alguns parasitos não são mortos diretamente por fagocitose, somente através dos mediadores liberados por estas células. A IgE também participa na sensibilização e ativação de mastócitos promovendo liberação de substâncias que dilatam vasos sanguíneos e recrutam células inflamatórias.


REFERÊNCIA:

- Abbas, Abul K: Imunologia Celular e Molecular 6°edição;

-Apostila Imunologia Capítulo 1 - Antônio Teva et al. 2009


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