Zimogênio e Cofatores

Geralmente os zimogênios são enzimas proteolíticas (atuando no trato digestivo e Plasma). 

Alguns exemplos de zimogênio são as pepsinas e quimiotripsinas, sintetizadas nas células e mantidas armazenadas sem risco de haver digestão das proteínas celulares. A transformação do zimogênio -> enzima, só ocorre fora da célula no local onde a atividade digestiva deve ser exercida.

Por exemplo, o pesinogênio origina a pepsina na cavidade gástrica por remoção de 42 resíduos de aminoácidos sob a ação de íons H+. O tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, originados no pâncreas são transformados em tripsina e quimiotripsina no intestino delgado, sob a ação de enzimas hidrolíticas.

COFATORES E COENZIMAS

Como visto acima, o íon H+ foi o agente responsável pela remoção dos aminoácidos do zimogenio, proporcionando a formação de uma enzima ativa. Esses agentes são chamados de cofatores. Os cofatores são imprescindíveis para a atividade de inúmeras enzimas, pois muitas delas, necessitam da associação destes cofatores para exercer seu papel catalítico. Estes cofatores são na maioria das vezes íons metálicos, íons bivalentes e moléculas orgânicas. Podemos afirmar que, coenzimas são transportadores de determinados grupos: participam da redução ou doação destes grupos afim de habilitar o funcionamento de tal enzima. O encontro entre esses cofatores com o substrato acontece no centro ativo. 

Um COFATOR é um ''auxiliador'' composto químico não proteico fortemente ligado a uma enzima proporcionando o aumento da sua atividade biológica. Já as coenzimas são classificadas como moléculas orgânicas e não proteicas que transportam grupos químicos entre as enzimas. Podemos dizer que as coenzimas são um tipo de cofator, mas para facilitar o entendimento nós dizemos que os cofatores é uma molécula química enquanto que as coenzimas são compostos químicos. Além disso, a coenzima é um cofator frouxamente ligado a uma enzima, enquanto o cofator está fortemente ligado às proteínas em uma reação.

As coenzimas são moléculas ''livres'' que vão de encontro às enzimas apenas no momento da catálise e ficam previamente ligadas covalentemente às enzimas - chamados grupos prostéticos. Tanto os cofatores quanto as coenzimas são vitais para ajudar as enzimas a realizar reações. Ambas têm propriedades e funções diferentes, o que deixa muitas pessoas confusas na hora diferenciar os dois compostos.

Alguns exemplos comuns de coenzimas/cofatores prostéticos e livres são os transportadores de hidrogênio. Veja, a flavina adenina dinucleotídio (FAD) é um grupo prostético enquanto que a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) é uma coenzima livre. Ambos atuam no ciclo de krebs. Muitas vezes, cofatores e coenzimas têm funções similares, como regular, controlar e ajustar o ritmo dessas reações químicas e seus efeitos no corpo. 

VITAMINAS E COENZIMAS: NECESSÁRIOS PARA METABOLIZAÇÃO

As vitaminas são percursores orgânicos em que a maioria não são produzidos pelas células, sendo necessário adquirir através da alimentação, mas precisamos apenas de pequenas quantidades (microgramas ou miligramas diários). As vitaminas são solúveis em água e por isso circulam facilmente no plasma sanguíneo, desempenham seu papel através de coenzimas. São estruturas orgânicas mais complexas, uma pequena parte da estrutura é a vitamina , o resto é uma estrutura orgânica que compõe a molécula da coenzima. 

Mesmo que a parte vitamínica seja a parte ativa, se ela estiver sozinha sem o restante da estrutura que forma a coenzima ela não terá a atividade metabólica. Veja abaixo alguns exemplos de vitaminas que sofrem ação de coenzimas e quais grupos são transportados por essas coenzimas:  

REFERÊNCIA:

- Anita Marzzoco: Bioquímica Básica 4°edição;